segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Feriado de mim mesmo

Um livro agonizante, Feriado de mim mesmo, de Santiago Nazarian.

Um homem solitário que, obviamente, mora sozinho. Ou será que não?
Um homem que faz traduções para ganhar dinheiro e viver sua vidinha livre dos comportamentos pre-estabelecidos da sociedade, e tem um padrão de vida confortável. Ou será que não?
Um homem que tem o controle de tudo que faz. Ou será que não?

Leitor, deves estar pensando: qual o motivo dessas perguntas? Respondo: servem para instigar-te a ler o livro, e também para anunciar como ele é escrito.
Narrado em terceira pessoa (em sua maior parte, com uma surpresinha ao final), tempo verbal passado, o livro conta a história de um jovem solitário e entediado, mas que começa a não mais entender a realidade a sua volta. Um homem talvez cansado de si próprio, que inventa outros, ou que simplesmente deseja não mais ser, um feriado de si mesmo. Coisas muito estranhas acontecem a sua volta. Quem será o responsável?

Leia e descobrirás. Ou não.

Aproveito para dizer que já li outro livro do autor, Mastigando humanos, mas não gostei tanto quanto este sobre o qual aqui escrevo. Ainda, Nazarian acaba de lançar outro romance, chamado O prédio, o tédio e o menino cego. Pretendo lê-lo logo.

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