Um livro agonizante, Feriado de mim mesmo, de Santiago Nazarian.
Um homem solitário que, obviamente, mora sozinho. Ou será que não?
Um homem que faz traduções para ganhar dinheiro e viver sua vidinha livre dos comportamentos pre-estabelecidos da sociedade, e tem um padrão de vida confortável. Ou será que não?
Um homem que tem o controle de tudo que faz. Ou será que não?
Leitor, deves estar pensando: qual o motivo dessas perguntas? Respondo: servem para instigar-te a ler o livro, e também para anunciar como ele é escrito.
Narrado em terceira pessoa (em sua maior parte, com uma surpresinha ao final), tempo verbal passado, o livro conta a história de um jovem solitário e entediado, mas que começa a não mais entender a realidade a sua volta. Um homem talvez cansado de si próprio, que inventa outros, ou que simplesmente deseja não mais ser, um feriado de si mesmo. Coisas muito estranhas acontecem a sua volta. Quem será o responsável?
Leia e descobrirás. Ou não.
Aproveito para dizer que já li outro livro do autor, Mastigando humanos, mas não gostei tanto quanto este sobre o qual aqui escrevo. Ainda, Nazarian acaba de lançar outro romance, chamado O prédio, o tédio e o menino cego. Pretendo lê-lo logo.
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