sexta-feira, 5 de junho de 2009

Niketche

Paulina Chiziane, autora de Niketche uma história de poligamia, primeira mulher a publicar um romance em Moçambique, far-se-á presente na 13ª Jornada Nacional de Literatura.
Li o livro, excelente.
Rami conta como passou de uma simples mulher submissa a seu marido poligâmico a uma mulher forte, poderosa, orgulhosa de sua condição. Ela relata o processo de assumir sua femilidade e o que nisso há de inerente numa sociedade hipócrita. Por isso uma história universal, mesmo que limitada ao espaço moçambicano e a um tempo recente.
O livro tem denúncias sociais, tem lirismo, tem humor. O texto tem bastante fluidez.
Como legado, o romance traz à tona reflexões sobre comportamento. O quanto do que fazemos faz parte da nossa natureza? O quanto nossa cultura, nossas convenções sociais tolhem nossos comportamentos, ou nos forçam a fazer coisas que não desejamos, que ferem a nós mesmos ou a outras pessoas? Quão necessária e recompensante é a vingança? Quão necessária é a humilhação, para que renasçamos das cinzas e nos transformemos como seres humanos? Quanto de influência há em nós de nossas raízes familiares e culturais? Quão difícil é livramo-nos disso?
Essas seriam algumas perguntas às quais eu responderia se isto fosse um ensaio. Entretanto, é um post de um blog. Portanto, paro por aqui.

2 comentários:

Cassiano Dal Pizzol disse...

faça do blog um ensaio, portanto!

responda estas perguntas pois a curiosidade me corrói!

Aliás, as suas colocações me lembram do livro que estou lendo enquanto aguardo a chegada do Conde lá em casa.

Anônimo disse...

"Tudo que rima e tem versos é demais pra minha cabeça, prefiro pensar que a minha vida é uma daquelas comédias ou um belo conto de ficção!"
Adorei, só vale lembrar que poesia é a emoção o sentimento, poema que possue rimas e versos, poesia é a essência. Comentarei sempre aqui e compartilhe lá! Abraços

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