sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Camelot 3000

Dando continuidade a minha "sede" por histórias de capa e espada eis minha "resenha" sobre Camelot 3000.

Para contextualização, nos idos da década de 80 os quadrinhos nos EUA estavam em baixa. Tentando se reinventar e não tendo mais nada para publicar (diferente de heróis, quero dizer) a DC comics deu sinal verde para a produção de Camelot 3000 em um sistema de venda direta através de comic shops. Isto é, os consumidores iam diretamente aos revendedores e encomendavam em um sistema parecido com pré-venda começando assim o sistema que hoje em dia é a regra por lá.

Eu tive contato com esta história, originalmente quero dizer, quando ela foi publicada no Brasil na metade da dita década. Li na casa de um parente numa semana de férias que tirei por lá e nunca esqueci da história. Anos depois tentei encontrar todos os volumes dela (em formatinho mesmo) mas o negócio era difícil de achar em bom estado. Anos depois soube que ela havia sido lançada em uma mini série em quatro edições mas isto já não interessava mais pois também havia encontrado a nova edição que a Panini havia lançado. Em capa dura e papel de qualidade (além dos obrigatórios extras) pude finalmente ler a tão aclamada série.

Uma bela releitura da história clássica de Arthur e muito diferente das minhas ultimas leituras esta história mostra um rei mais mistico e uma magia mais real e, como o título já evoca, tecnologia. A história, sem entrar em detalhes desnecessários, gira em torno da necessidade do rei Arthur voltar a defender a Inglaterra do perigo iminente. Tirando o fato de termos alienígenas e não saxões ela segue a história do herói muito bem. 

Traições, dramas (inclusive um problema com homossexualidade vindo direto das paginas dos quadrinhos da década de 80) e reviravoltas em uma história que me prendeu bastante aos quadrinhos. Conclamo os confrades a deixarem de lado quaisquer preconceitos com quadrinhos que possam ter e tentem ler este. É interessante ressaltar o relacionamento entre os cavaleiros e como eles voltam a cena histórica. É um bom "tempo perdido" e uma leitura muito recomendada.

Sobre a edição. Capa dura, papel de qualidade e impressão bem feita. Tem ainda um documentário sobre a construção da história.