As Cronicas de Narnia

As 7 crônicas são muito irregulares, a Disney começou com as crônicas onde aparecem as crianças: 2ª – O Leão,a Feiticeira e o Guarda-Roupas; 4ª – Príncipe Caspian e seguira com a 5ª – A Viagem do Peregrino da Alvorada, a primeira(O Sobrinho do Mago) e a Ultima(A Ultima Batalha) destoam do conjunto, sendo as mais fracas, embora bem liveis(desculpe o neo logismo), mas espero que após os 3° filme eles resolvam retornar e filmar a terceira crônica, O Cavalo e Seu Menino que é muito divertida.

No computo geral as crônicas de Narnia não são nada mais do que uma alegoria cristã, em oposição à obra do grande amigo de Lewis, J.R.R. Tolkien que fez com o Senhor dos Anéis uma obra mais pagã e em todos os sentidos superior as Crônicas pois não perde o ritmo em nenhum momento.
Não que as Crônicas não sejam boas, elas o são, embora a ultima seja bastante cansativa.

Agora deixem eu comentar o livro enquanto objeto, eu comprei a obra na época do lançamento do primeiro filme, e nunca tive um livro mais bonito, confesso que tive pena de tirá-lo do plástico, capa dura, todas as pagina em papel plastificado, ricamente ilustrado, o livro foi impresso na Itália a mando da Martins Fontes e vale cada centavo que paguei por ele.

O Macaco de Pedra

A historia começa com vários chineses embarcados em situação subumana num navio de contrabando, sendo eles próprios o contrabando, pessoas tentando chegar até os Estados Unidos, o contrabandista (chamado de cabeça de cobra na linguagem dos traficantes humanos) é um bandido notório, conhecido com Gui, o Fantasma, cujo nome é Kwan Ang, quando chegam perto da costa americana são interceptados por uma embarcação da Guarda Costeira, orientada a distancia pelo detetive Lincoln Rhyme.

Acuado no mar o cabeça de cobra tranca os imigrantes junto com o capitão no porão do navio e explode o mesmo, fugindo numa balsa, alguns dos imigrantes conseguem escapar e acabam todos se dirigindo de alguma forma para Chinatown, sendo que um deles é encontrado na praia, ferido, por Amélia Sachs, os olhos sempre presentes de Lincoln nas cenas de crime, e levado sob custodia pelo serviço de imigração para Nova York, enquanto outro imigrante se esgueira ate o carro dela e rouba dinheiro, uma arma e consegue o endereço de Lincoln e vai ate o QG dele.

Após chegar a cidade o fantasma contrata assassinos da minoria Uigur para auxiliá-lo na tentativa de localizar e eliminar os imigrantes que se salvaram do naufrágio.

Enquanto isto Amélia faz amizade com o Dr. Sung, a pessoa localizada por ela na praia, que começa a tratá-la de seus problemas de saúde e Sonny Li(o ladrão da praia) chega ate a casa de Lincoln e la é preso, mas acaba sendo identificado como um policial chinês infiltrado na “carga” tentando deter o fantasma, que se junta a policia americana na caçada.

Para evitar spoilers para por aqui, excelente livro.

Faço um desafio a quem assistiu Colecionador de Ossos a ler um livro com as aventuras de Lincoln e Amélia sem pensar em Denzel Washington e Angelina Jolie nos papeis, comigo foi assim, o livro é muito bom cheio de surpresas, reviravoltas e um final de tirar o fôlego.

Guerra de Sangue

O livro começa como um tradicional thriller de tribunal, com a promotora publica Alexandra Cooper tentando condenar o figurão emergente Brendan Quillian pelo assassinato de sua esposa, Amanda, o caso vai mal ate termos um acidente espetacular num dos tuneis do em construção sob Nova York onde falece o irmão mais velho de Brendan, Duke, aos poucos vão surgindo novos elementos do passado de Brendan conforme a investigação do acidente avança, trazendo reviravoltas surpreendentes, inclusive com uma fuga espetacular de Brendan do tribunal, levando por água a baixo o trabalho de seu advogado.

Como comentei ano passado em outro livro parece que toda advogada que se aposenta da profissão resolve criar um personagem advogado que resolve tudo no braço ou na lei, como precisar, é o caso aqui, Alexandra Cooper é daquelas promotoras que corre junto com a policia investigando, descobrindo pistas, tirando conclusões certeiras, mas gostei do livro, não mudou minha vida, mas não foi um tempo desperdiçado.