quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

O Casamento

Se no post anterior eu falei de um livro policial aqui temos um livro daqueles que pingam açúcar, o autor é da turma da Nora Roberts, este é o típico livro que não leria normalmente, mas como assinante da Seleção de Livros das Seleções do Readers Digest acabo lendo, uma vez que utilizo à citada serie como um test drive de escritores.

O narrador da historia em retrospectiva é um sujeito que se viu encrencado ao esquecer-se do aniversario de 29 anos de casados, ai ele vê o quanto negligenciou a esposa a favor do trabalho e decide se redimir no aniversario de 30 anos.
Ele começa a enviar cartas a parentes e conhecidos reunindo artigos que no final se fica sabendo são fotos e objetos que se ligam a historia de Wilson(o narrador) e Jane(sua Esposa), quando faltam cerca de 2 semanas para o aniversario a filha mais nova do casal chega comunicando que ira se casar e que decidiu que será na data do aniversario de casamento dos pais, então começa um frenesi de Jane para os preparativos onde Wilson sempre milagrosamente consegue que tudo e todos estejam disponíveis para a data.

Este foi o segundo livro do autor que li e me diverti muito com as peripécias e as duvidas de Wilson, gostei bastante, contra todos os prognósticos de um leitor ávido por historias policiais.

Post-Mortem

Só depois de ler 3 livros de Patricia Cornwell(Lavoura de Corpos, Contagio Criminoso e A Ultima Delegacia) descobri que os livros deveriam ser lidos em seqüência, então agora fui ao principio da obra dela.
Neste primeiro livro da serie que conta as aventuras da Legista Chefe do Estado de Maryland, Kay Scarpetta, já aparecem os todos os elementos que fazem o sucesso da serie, a sobrinha hacker Lucy, aqui ainda uma criança, mas já mostrando a genialidade lidando com computadores, o Policial Durão Pete Marino e o especialista em perfis do FBI Benton Wesley.
É seguramente o mais fraco dos livros dela que li ate agora, a historia tem 2 vertentes, a caça a um assassino serial e a acusação contra Kay de que ela estaria vazando informações sobre os assassinatos para a imprensa, as 2 vertentes se encontram quando a quarta vitima do assassino acaba sendo a Irma da repórter que tem recebido as informações.


Um livro nota 6, mais pela admiração que tenho pela escritora que pelo valor em si da historia

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Proposta

Quem me conhece sabe que sou o tipo de pessoa que gosta de ler. Leio de tudo, desde bula de remédio até livro de cálculo avançado (este último sem muito afinco devo admitir).

Acontece que nos últimos tempos eu percebi que tenho tido um comportamento padrão, diria até uma preguiça em sair do lugar comum nas minhas leituras. Leio sempre ficção, manuais técnicos e gibis e só. Aí que um dia, durante uma janta dos "pé grande" (sim, no singular mesmo) veio a idéia:

E se nos obrigássemos a ler um livro diferente e postássemos opiniões sobre eles em um lugar comum?

O debate foi rápido e em pouco tempo tínhamos a idéia que hoje começou a caminhar, a confraria da leitura. Um grupo de amigos que iria ler livros decididos em consenso e iria publicar resenhas (ou como Diogo nos sugeriu, ensaios) sobre os livros lidos (ok, eu ainda tenho que descobrir a diferença entre ambos).

Nosso primeiro livro é “Clarissa” do grande mestre Erico Veríssimo. Devo confessar que os trabalhos “adultos” do Érico estariam em baixa na minha lista de “por ler”. Não me entendam mal, eu respeito o seu trabalho e tenho até vergonha de confessar que nunca li nada “sério” da obra dele mas posso dizer, aí com um certo orgulho que foi Érico que me colocou no caminho que hoje estou. Quando estava na pré escola (ou seria primeira série, não lembro) houve um evento na minha escola em que diversos livros do Érico foram vendidos para os alunos, lembro-me que comprei o livro As Aventuras do Avião Vermelho. Li este livro tantas vezes que havia até um ritual para isto, me sentava entre os sofás, colocava as almofadas como encosto e viajava por todos os cantos do planeta (e fora dele) com o Fernando e seu aviãozinho vermelho.

Quando, esta tarde, eu percebi que o autor do meu primeiro livro era o mesmo autor da obra selecionada para começar a confraria devo dizer que fiquei animado em começar a lê-lo. Se alguém queria um sinal de que começamos bem, aí está ele. Municionado com estes pensamentos, me despeço. Tenho um livro para ler!